Pesquisar neste blogue

sexta-feira, 25 de abril de 2014

O Mito de Kalashnikov e da Ak-47.

A ideia de que a AK-47 é uma arma revolucionária criada do nada por obra do "espirito-santo" de Mikhail  Kalashnikov é completamente ridículo e figura como um dos mitos mais estapafúrdios no que diz respeito à projecção e construção de armas. Ao contrário da PPSh-41(http://world.guns.ru/smg/rus/pca-41-e.html) que advém de armas russas e foi projectada exclusivamente por soviéticos a Ak-47 não foi assim.

A Sudaev AS-44. A primeira tentativa dos Russos fabricarem um fuzil de assalto da STG-44. Infelizmente Sudaev faleceu em 1945 e não pode concluir o seu trabalho.


Centenas de obras e fontes bibliográficas (como David, Miller. "20th Century Guns". Pag.163,264. London, Greenwich Editions) e páginas de internet (http://en.wikipedia.org/wiki/AK-47) referem que o inicio da demanda dos soviéticos por um fuzil de assalto comça não em Mikhail  Kalashnikov mas sim nos primeiros modelos da MKB-42 (http://world.guns.ru/assault/de/mkb42-h-e.html) mais tarde melhorada e chamada de STG-44. Antes da entrada em cena do inventor da AK, surgem a Sudaev e a Tovarek, testadas respectivamente em 1944 e 1945.
Tovarek 7,62 fuzil experimental, testado no final de 1945.

Entretanto o mais novo Sargento de tanques soviético Mikhail  Kalashnikov ferido em combate em 1942, recupera dos ferimentos e decide projectar uma sub- metralhadora, que apesar de não ser aprovada é verificado o talento de um jovem que sem formação específica consegue projectar uma arma bastante complexa (o desenho não é aprovado devido à complexidade) e é enviado para continuar os seus estudos no NIPSMVO. Aí projecta a sua segunda arma desta vez uma carabina semi-automática derivada de outra que conhece bem, a M1fornecida pelos EUA (http://world.guns.ru/rifle/autoloading-rifles/usa/m1-carbine-e.html). Apesar de o seu projecto não ser novamente aprovado servirá de base para a Ak-46, escolhida entre outros 5 (de 16) projectos para protótipo de produção.


O primeiro protótipo da Kalashnikov de 1946 chamado de AK-46. Só aqui o então sargento Mikhail entra na contenda.
Dos testes levados a cabo e com a AS-44 a servir de base de comparação (a mesma tinha parado o desenvolvimento após morte de Sudaev) é escolhida a Ak-46, junto com a AB-46 de Bulkin e a AD de Dementiev. A AK acaba rejeitada pois era inferior às duas outras armas em questão mas Kalashnikov usa os contactos e apoios que tem na comissão avaliadora da NIPSMVO (que já o conheciam dos trabalhos efectuados entre 1943 e 1946), para influenciar a revisão dos resultados e obter "luz verde" para continuar o desenvolvimento da AK-46. 


Bulkin AB-46 fuzil de assalto experimental. Mais outra arma que influenciou  bastante o modelo final da AK-47.



Após o falhanço da AK-46, Kalashnikov e o seu parceiro de trabalho Zaitzev, decidem refazer o desenho e usar soluções técnicas de várias armas, incluindo as que estavam em competição (como a AB-46), mas também de outros fuzis de assalto como a AS-44 de Sudaev e inclusive da Browning e Remington model 8 rifle. Refira que este tipo de acções era encorajada pela doutrina soviética pois não existia propriedade intelectual singular mas sim propriedade colectiva pertencente ao "povo" onde neste caso o valor principal era conseguir o melhor fuzil de assalto para as forças armadas da URSS.   


Basicamente o primeiro modelo experimental de produção da Ak-47 de 1947. Para resolver o problema de pouca eficácia em disparo automático recorreu-se ao fuzil soviético TKB-415.




Novos testes mostraram-se inconclusivos entre a Kalashnikov, Bulkin TKB-415 e Dementiev KBP-410. Apesar de apenas as duas ultimas preencherem todos os requisitos da comissão, será escolhida a AK-47 principalmente devido à sua alta durabilidade.  A produção começaria em 1948 em IZHEVSK com  a adopção em 1949 pelas Forças Armadas Soviéticas.



O modelo fabricado entre 1949 e 1951. A segunda versão viria a incorporar muitas soluções de outro fuzil soviético de nome Koborov TKB-517.


Os problemas de produção acabariam por ser resolvidos novamente recorrendo a outra arma Korobov-TKB-517 (testada a meio da década de 1950), mais leve, barata de produzir e com melhor desempenho em disparo automático  ( http://world.guns.ru/assault/rus/korobov-tkb-517-e.html), sendo que apesar de melhor arma foi preterida pela AK/AKM com a qual os soldados soviéticos já estavam familiarizados.

A TKB-517. Viria a solucionar muitos dos problemas de produção, peso e fogo em automático da Ak-47. Apresentada aos soviéticos em meados dos anos 50, era superior em práticamente tudo à Kalashnikov mas acabou preterida pelo facto de as tropas já estarem habituadas à AK/AKM e possivelmente por razões também políticas.

Concluindo, Mikhail  Kalashnikov teve o mérito de juntar um conjunto de soluções de uma amalgama de armas e criar um dos maiores fuzis de assalto de todos os tempos. Agora é visível que o seu trabalho foi altamente influenciado por outros fuzis de assalto nomeadamente pela versão Soviética da STG-44 (a AS-44 de Sudaev, que se não falecesse se calhar a historia teria sido outra), a própria M1 americana e armas da concorrência como a TKB-415 e a KBP -410. Mesmo outras soluções foram copiadas das Browning e Remington e após a arma já estar em produção recureu-se à superior TKB-517 para resolver muitos dos problemas encontrados quer no fabrico mas também da operação da AK-47.

A MKB-42 alemã. A captura desta arma alemã ainda em 1942 foi um dos grandes impulsionadores da demanda dos soviéticos por um fuzil de assalto. Mais tarde a STG-44 seria praticamente adaptada e produzida por Sudaev. 

Mikhail Kalashnikov terá sempre o seu lugar na história ao conseguir projectar e construir uma arma viável e duradoura, superior neste aspecto às dos adversários e capaz de convencer a comissão a propósito de um fuzil de assalto resistente em detrimento da pontaria sobretudo em disparo automático. Agora, inspirou-se e copiou muitas soluções de outras armas e trabalhou com uma equipa da qual se destaca também Zaitzev que parece ter perdido o seu local na historia com o mito revolucionário da criação de Kalashnikov. 
Mas tudo começou com as capturas da MKB-42/STG-44 e com o fornecimento de milhares de M1 pelos EUA.

Depois da captura das armas alemãs seria a carabina M1 a influenciar bastante os soviéticos. Aliás, a primeiro carabina semi-automática projectada por Kalashnikov foi baseada quase totalmente nesta arma e mesmo a AK-47 teria soluções desta e de outras armas como a Remington 8. 

http://world.guns.ru/assault/rus/ak-akm-e.html

sexta-feira, 18 de abril de 2014

IPM1 Abrams da 24th Division - "Desert Shield" November of 1990 - Saudi Arabia

Everebody makes M1 and M1A1 Abrams. And a IPM1? Hell, that's a good ideia! 


So, with a M1 from Hasegawa i make one of the first IPM1 Abrams of the US Army 24th infantry division in "Desert Shield" Saudi Arabia. This was the 1ºst heavy division to went to Persian Golf still equipped with older M1 and IPM1.


The IPM1 Abrams is very similar to M1 and the only visible diference is the new rear storage in the tower (the others are the reinforced suspension and a new turret armour). Some of the IPM1 had the retainer ring, the external APU  and other don't.


I made the conversion of the rear tower with Roco Models acessories and the suspension and blindage with plastic card. It is a Tank that never figth in "Desert Storm" becouse when the operations started all the M1 and IPM1 were retired. Only the M1A1 with a 120mm gun see action.


The pain work was from Revell and Tamya. I used Huile oil and Winton dry pastel to make him older and the dust on the whels. Mark's are from hasegawa sheet.


Desert land were make from hearth and stuff like sodio, in the top of modeler paste by Jovi. The paint were with Heller an Humbrol (bether fot this type of soil) and Tamya spray for the final touch. Then more dry pastel and some litle rocks from the garden.


An easy conversion and a fine job. The IPM1 that not went to war is done. Another project were closed and there's other to came. Finaly the photos and go to the net.






domingo, 13 de abril de 2014

Kettenkrad (hasegawa 1/72) & 8.8cm Raketenwerfer 43 (Puppchen) scratch. Ardenas 1944



I see this idea with a Dragon Kit 1/35 and made it with a hasegawa 1/72. The Puppchen is scratch.

 The cenario is a American Soldier in Ardenes 1944 see the bike with the gun, left by the german with motor problems.


There is no Puppchen in 1/72 so i made it with plastic and other stuff.


 Soldier is from Revell and there are also components in Kettenkrad from Roco.



Harvard MK.IV

One of my last criations: From a Kit of ocidental 1/100 T-6G Texan.


 I made a Harvard MK.IV from AB-7 TETE Mozambique 1964


 It was used by Portugal in the Colonial War that ended in 1974


Used for close support, more than 257 T6 in Angola, Guine and Mozambique from 1961 to 1974

 
It was used also in Portugal for 1º st instruction